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Israel anuncia plano de construir casas em Jerusalém Oriental

Cerca de 200 mil israelense moram nessa área da cidade sagrada que os palestinos exigem que seja devolvida

Por Efe
Atualização:

O governo de Israel planeja construir cerca de 600 novas casas em Jerusalém Oriental, território ocupado em 1967 e onde os palestinos desejam estabelecer a capital de um futuro Estado, segundo informa nesta sexta-feira, 26, o jornal Ha'aretz.

 

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O plano foi aprovado por uma comissão do distrito de Jerusalém, e pode ser mal recebida pelo governo dos EUA, que há meses tenta fazer com que israelenses e palestinos retomem o processo de paz, estagnado há mais de um ano, segundo o jornal israelense.

 

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse várias vezes que não vai retomar o diálogo com Israel enquanto o país não suspender completamente as construções nas colônias judias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, área considerada crucial no processo de paz entre as partes e aclamada como sagrada por ambas.

 

Um projeto semelhante aprovado no ano passado, que prevê a construção de 900 casas em um bairro de Jerusalém Oriental, também em território ocupado, provocou várias penas internacionais.

 

Os palestinos na cidade também se queixam de "dois pesos e duas medidas" das autoridades israelenses, que não concedem permissões para a construção e provocam desalojamentos e demolições de suas casas que, segundo Israel, foram construídas de forma ilegal.

 

Mais de 200 mil israelenses vivem na parte oriental de Jerusalém e Cisjordânia, territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias (1967) e que Israel considera parte de sua capital "eterna e indivisível". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em novembro passado uma suspensão por dez meses das construções nas colônias da Cisjordânia, mas a medida não incluía Jerusalém.

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