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Israel diz que está próximo de acordo com EUA sobre colônias

Em Londres, Netanyahu volta a cobrar Estado palestino desmilitarizado e que reconheça a existência de Israel

Por Efe e Associated Press
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira, 25, que o país está próximo de um acordo com os EUA sobre os assentamentos. Segundo ele, a intenção é que Israel possa avançar nas construções em alguns assentamentos, ao mesmo tempo retomando as negociações de paz com os palestinos.

 

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Em uma viagem de quatro dias pela Europa, Netanyahu se reúne nesta terça-feira com o primeiro-ministro, Gordon Brown. Netanyahu tenta equilibrar as reclamações de sua coalizão de direita com as objeções internacionais aos assentamentos israelenses. Os palestinos querem o congelamento total dos assentamentos, antes de retomarem o diálogo. Netanyahu demonstrou a esperança de que os próximos encontros com autoridades norte-americanas possam levar a "uma fórmula que nos permita lançar um processo (de paz) e aos colonos seguir levando uma vida normal".

 

Segundo Netanyahu, os colonos judeus precisam de jardins de infância e casas para suas famílias, mas isso não significa que seria preciso expropriar mais terras na Cisjordânua. "Jerusalém não é um assentamento, e Israel não aceitará limites de sua soberania" na cidade, afirmou.

 

O premiê disse ainda que delineou o que chamou de "fórmula vencedora" para a paz no Oriente Médio. "Precisamos de uma Palestina desmilitarizada e que reconheça Israel", afirmou Netanyahu, acrescentando que "reconhecimento é o pilar da paz".

 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, pediu o fim das construções de assentamentos em território palestino para que se possa avançar o processo de paz. Brown defendeu "uma Israel segura e com confiança" que seja aceita por uma "Palestina que seja segura e viável".

 

O chefe do Governo britânico também apoiou "os recentes movimentos (israelenses) para retirar postos de controle na Cisjordânia", já que "é preciso permitir que a economia palestina prospere". "Soluções econômicas deveriam escorar o diálogo político", disse Brown que, no entanto, ressaltou que "a construção dos assentamentos é uma barreira para a solução dos dois Estados". "Estou convencido - afirmou o primeiro-ministro inglês - que há uma verdadeira vontade de avançar, mas um fim da construção dos assentamentos resultaria num passo significativo rumo a uma normalização com os estados árabes".

 

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Além disso, Netanyahu admitiu que "o tema dos assentamentos está pendente e é um dos assuntos que devem ser resolvidos nas negociações, junto ao reconhecimento palestino do Estado judeu e uma efetiva desmilitarização (palestina) para um futuro acordo de paz".

 

O fim das construções dos assentamentos israelenses, reivindicado pelos governos de Londres e Washington, é um dos elementos fundamentais do chamado "Mapa do Caminho para a paz" no Oriente Médio. Londres é a primeira etapa de uma viagem europeia de quatro dias de Netanyahu. Ele se reunirá na quarta-feira, também em Londres, com o enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, e na quinta-feira, em Berlim, com a chanceler alemã, Angela Merkel.

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