16 de novembro de 2012 | 18h32
Israel começou a sua operação na quarta-feira com o objetivo declarado de conter uma onda de ataques com foguetes disparados por militantes islâmicos que impactou a vida em cidades no sul israelense.
Abbas, cujas forças foram expulsas de Gaza pelo Hamas em 2007, acusou Israel de instigar um "banho de sangue", dizendo a repórteres que considerava a crescente campanha militar como uma tentativa dos israelenses de minar suas manobras diplomáticas.
Autoridades em Gaza disseram que 28 palestinos, incluindo 16 civis, foram mortos desde o começo da ofensiva israelense. Três civis israelenses foram mortos por um foguete na quinta-feira.
"Tudo o que está acontecendo tem o objetivo de bloquear nosso esforço para alcançar as Nações Unidas", disse Abbas a jornalistas.
Militantes islâmicos dispararam centenas de foguetes em direção a Israel nos últimos três dias e houve uma rara manifestação de apoio ao Hamas nesta sexta-feira em Ramallah, a capital palestina de facto na Cisjordânia ocupada.
Abbas, reconhecido pelo Ocidente como o legítimo líder dos palestinos na Faixa de Gaza, pediu ao chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, que visitasse o enclave no sábado ou no domingo.
"Sem dúvida, consideramos que essa agressão é contra nós, o povo palestino", disse.
Apesar da violência, ele disse que continuará com os planos de uma votação na Assembleia Geral da ONU até o fim do mês para dar aos palestinos a condição de "Estado observador" dentro da entidade internacional, ao invés de "entidade observadora".
(Reportagem de Jihan Abdalla)
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