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Israel faz teste com sistema antimíssil e eleva tensão no Oriente Médio

Rússia detectou projéteis em radar e decretou alerta, em meio a temor de ataque americano à Síria

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Por Redação
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Em meio à expectativa de um ataque americano à Síria, o Exército de Israel testou nesta terça-feira, 3, um sistema antimíssil financiado pelos Estados Unidos no Mar Mediterrâneo. O exercício fez com que o governo russo elevasse seu nível de alerta na região e aumentou a tensão no Oriente Médio, que espera pela retaliação ao regime de Bashar Assad, acusado de usar armas químicas contra a população civil síria.

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O lançamento ocorrido pela manhã foi noticiado primeiramente pela mídia russa, que citou autoridades do Ministério da Defesa dizendo que dois objetos balísticos tinham sido lançados do centro do Mediterrâneo para o leste, na direção da Síria.

A notícia abalou os mercados financeiros até que o Ministério da Defesa de Israel anunciou ter feito, junto com o Pentágono, um teste do míssil Sparrow, que simula os mísseis de longo alcance da Síria e do Irã, e é usado para exercícios para o sistema antimísseis israelense Arrow, apoiado pelos EUA.

"Israel rotineiramente lança mísseis ou drones (aeronaves não tripuladas) para testar sua própria capacidade de defesa balística", disse uma fonte americana em Washington.

O ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, minimizou uma pergunta de repórteres sobre se o lançamento não teria ocorrido num momento inoportuno. Ele disse que Israel tem que trabalhar para manter sua vantagem militar e isso implica testes de campo. "Vamos continuar a desenvolver e a pesquisar e a equipar as Forças de Defesa de Israel com os melhores sistemas do mundo", afirmou.

Não houve relatos de que os mísseis tenham atingido a Síria. Fontes do governo sírio disseram a agências de notícias russas que os mísseis caíram no mar, sem maiores danos.

"A trajetória desses objetos vai da parte central do mar Mediterrâneo na direção da parte leste da costa do Mediterrâneo", disse um porta-voz do ministério russo da Defesa à agência Interfax.

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Navios de países ocidentais têm se posicionado no Mediterrâneo e no mar Vermelho desde um ataque em 21 de agosto no subúrbio de Damasco. EUA e Françam acusam Assad de ter usado armas químicas contra a população civil, matando 1,4 mil pessoas. O governo sírio nega responsabilidade pelo incidente. / REUTERS

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