Israel liberta presas palestinas em troca de vídeo de soldado

Imagens mostram Gilad Shalit, refém do Hamas desde 2006, em bom estado de saúde e coerente

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Por Redação
Atualização:

Israel libertou 19 mulheres palestinas depois de receber um vídeo com as primeiras imagens do soldado israelense Gilad Shalit como prova de vida do refém do Hamas detido desde 2006. A gravação de cerca de dois minutos mostra que Shalit, de 23 anos, está saudável e coerente, segundo afirmou a imprensa de Israel.

 

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As prisioneiras foram libertadas para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza depois que um negociador israelense assistiu o vídeo para determinar sua autenticidade. Uma cópia das imagens foi entregue ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

 

Shalit aparece nas imagens segurando um jornal com a data de 14 de setembro. A agência chinesa Xinhua afirmou, citando um integrante do Hamas, que o soldado aparece no vídeo usando roupas civis e aparentemente em bom estado de saúde. Desde a captura de Shalit, em 2006, uma fita de áudio e três cartas foram divulgadas pelos sequestradores, a mais recente delas com data de 2008.

 

Segundo o chefe do Estado Maior do Exército israelense, Gabi Ashkenazi, o militar aparece com ferimentos, mas em bom estado de saúde, e fala com coerência. As imagens serão divulgadas apenas se a família autorizar.

 

Palestinas

 

Em troca do vídeo de Shalit, as primeiras imagens em três anos, Israel libertou 19 presas palestinas e um bebê, filho de uma delas. As libertações são a primeira etapa de um longo processo que pode concluir na soltura de Shalit em troca de centenas de presos palestinos.

 

No posto de checagem de Erez, centenas de palestinos receberam a única presa da Faixa de Gaza. O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, mandou seu carro oficial para buscar Fatima al-Zaq, de 40 anos, e seu filho de dois anos Youssef. O bebê foi tirado de seus braços e passado pela multidão até o colo de Haniyeh, que o ergueu e o beijou. 

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Sob o acordo, possibilitado por mediadores egípcios e alemães, 19 palestinas foram libertadas em Gaza e na Cisjordânia na sexta-feira, e a 20ª mulher no domingo. Haniyeh, elogiou o acordo como um "triunfo" para a resistência armada dos palestinos contra Israel.

 

Israel detém mais de dez mil palestinos em suas prisões. O Hamas negocia a libertação de centenas de seus membros em troca de Shalit, alguns deles envolvidos em ataques mortais e que Israel prometera não libertar. Israel disse que nenhuma das mulheres a serem libertadas estiveram diretamente envolvidas com mortes ou cumpriam sentenças superiores a dois anos.

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