Israel nega ter apresentado mapa com Estado palestino ao Egito

Jornal árabe de Londres diz que Benjamin Netanyahu propôs fronteiras a Hosni Mubarak no domingo

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JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou firmemente nesta terça-feira, 20, os boatos de que teria apresentado ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, um mapa estabelecendo fronteiras para a criação de um futuro Estado palestino durante a reunião que tiveram em Cairo no início da semana, informa o jornal israelense Ha'aretz.

 

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O jornal A-Sharq al-Awsat, sediado em Londres, citou uma fonte israelense dizendo que o presidente egípcio rejeitou a proposta de Netanyahu alegando que o mapa não atendia às demandas da Liga Árabe para um Estado baseado nas fronteiras de 1967 e tinha apenas emendas insignificantes.

 

Ainda segundo o jornal, Mubarak pediu ao premiê israelense que revisasse a proposta e a deixasse de acordo com os pedidos dos países árabes. O egípcio ainda teria interrogado Netanyahu durante as três horas da reunião para saber até onde ele está disposto a ir para retomar as negociações diretas de paz com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

 

A reportagem do A-Sharq al-Awsat diz que Mubarak elogiou Netanyahu por seus esforços em prol da paz, mas afirma que o chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, diz que a posição oficial de Cairo sobre a questão era de que israelenses e palestinos precisam construir uma relação de confiança mais sólida antes de negociar diretamente.

 

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e Netanyahu se encontraram separadamente com Mubarak no domingo. Abbas se recusa a negociar diretamente com Israel enquanto o Estado judeu não concordar em reconhecer as fronteiras de 1967 como base de um acordo para o futuro Estado palestino e não aceitar a presença de forças internacionais na fronteira entre os países. Netanyahu, por sua vez, se recusa a negociar sob quaisquer precondições.

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