
25 de novembro de 2009 | 15h54
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quarta-feira, 25, a suspensão durante dez meses das construções de novas casas nos assentamentos judaicos na Cisjorndânia, conforme haviam antecipado funcionários de seu gabinete. A decisão, entretanto, foi desaprovada pelas autoridades palestinas, já que não contempla as colônias na Jerusalém Oriental.
Veja também:
Hillay e Mitchell elogiam iniciativa israelense
Netanyahu leu o anúncio para órgãos da imprensa e assegurou que "Israel está adotando passos muito grandes e dolorosos para estabelecer a paz". A decisão foi aprovada pelo Gabinete de Segurança de Israel, que passou a medida por 11 votos a favor contra apenas um contra.
"Estamos comprometidos a trabalhar com os EUA para garantir a paz e a segurança em nossa região", afirmou Netanyahu. O premiê disse esperar que com este "primeiro passo significativo, os palestinos e o mundo árabe responderão em um ciclo de boas intenções".
Sobre Jerusalém Oriental, porém, o premiê não mudou sua posição. "Não haverá limetes para as construções em nossa capital". A declaração irritou as autoridades palestinas, já que a porção oriental da cidade é reivindicada como a capital de um futuro Estado Palestino.
Reprovação
Antes mesmo de vir a público, o congelamento foi reprovado pelas autoridades palestinas, que é considerada por Israel um assunto diferenciado e fundamental do conflito, a ser tratado nas conversas para o estatuto definitivo de paz.
"Qualquer oferta israelense que não incluir Jerusalém será rejeitada imediatamente", disse Nabil Abu Rdeneh, conselheiro do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que acompanha o mandatário em viagem pela Argentina. "Nenhum árabe e nenhum palestino poderá cruzar essa linha", finalizou.
O tema das construções nos assentamentos é um dos principais entraves para a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos, que dizem que apenas negociarão a paz quando as construções forem paralisadas. Os palestinos querem essas terras como parte de seu futuro Estado independente.
Encontrou algum erro? Entre em contato