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Israel protesta contra crítica da UE sobre assentamentos judeus

Por ALLYN FISHER-ILAN
Atualização:

Israel protestou nesta terça-feira contra uma declaração da Comissão Europeia dizendo que os assentamentos judaicos nos territórios ocupados estavam paralisando a economia palestina às custas do contribuinte europeu. O ministro de Relações Exteriores de Israel disse que convocou o embaixador da União Europeia em Israel, Ramiro Cibrian Uzal, e disse a ele que Israel "rejeita fortemente" a declaração da comissão feita na segunda-feira. A controvérsia enfatizou um racha entre Israel e líderes ocidentais, liderados pelo presidente norte-americano, Barack Obama, que pressionaram o país para que suspenda a expansão de assentamentos na Cisjordânia ocupada sob esforços para renovar as conversas de paz entre israelenses e palestinos. O comunicado da comissão, publicado em seu site na Internet, cita o chefe da UE em Jerusalém, Roy Dickinson, repetindo a visão europeia de que os enclaves de colonos construídos por Israel na Cisjordânia, região que palestinos querem constituir um Estado, são ilegais. Dickinson disse que os assentamentos e as medidas do Exército israelense no território capturado na Guerra dos Seis Dias, em 1967, "contribuem para sufocar a economia palestina", fazendo com que palestinos fiquem mais dependentes de auxílio financeiro. "E os contribuintes europeus são os que pagam a maior parte do preço desta dependência", acrescentou o comunicado europeu. A autoridade israelense, Rafael Barak, disse a Uzal que as declarações são "infundadas" e que a questão dos assentamentos estava sendo discutida em negociações de paz apoiadas pelas potências ocidentais junto à exigência israelense de que palestinos controlem os militantes. Na Cisjordânia, vivem cerca de três milhões de palestinos e quase meio milhão de colonos israelenses. (Reportagem adicional de Foo Yun Chee em Bruxelas)

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