Israel quer paz, mas não será feito de bobo, diz Netanyahu

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira, antes de uma conversa com o enviado especial dos EUA para discutir a suspensão dos assentamentos judeus, que os israelenses farão concessões pela paz, mas que "não estão preparados para ser bobos". Dirigindo-se aos seguidores de seu partido direitista Likud, Netanyahu disse que vai insistir para que os colonos tenham permissão de "viver vidas normais", um eufemismo para acomodar o que ele vê como "crescimento natural" dos enclaves construídos em territórios ocupados. Os comentários do premiê em Tel Aviv antecedem a chegada, no fim de semana, de George Mitchell, enviado de Washington, que tentará finalizar um acordo para uma possível reunião na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) neste mês entre Netanyahu, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o presidente norte-americano, Barack Obama. Netanyahu, cuja recusa até o momento de interromper as atividades nos assentamentos levou a um atrito raro com Washington, disse ao brindar ao Ano Novo Judaico que os colonos são "cidadãos bons e leais de Israel e merecem viver vidas normais." Abbas exigiu a suspensão das construções antes das conversas de paz com Israel, congeladas desde dezembro, serem retomadas. Ele citou o "mapa do caminho" de 2003, apoiado por países ocidentais, que pede a interrupção dos assentamentos e medidas por parte dos palestinos para conter a violência contra Israel. (Reportagem de Allyn Fisher-Ilan)

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