TENTATIVAS DE TRÉGUA
O porta-voz militar israelense Lerner declarou que, de segunda para terça-feira, o Exército destruiu os últimos dos 32 túneis em Gaza, escavados pelo Hamas para emboscadas fronteiriças a um custo estimado em 100 milhões de dólares. Mas autoridades admitiram que alguns túneis podem não ter sido detectados e que as forças armadas estão prontas para atacá-los no futuro.
Autoridades de Gaza dizem que a guerra já matou 1.867 palestinos, a maioria civis. Israel afirma que 64 de seus soldados e três civis foram mortos desde o início dos combates, em 8 de julho, depois de lançamentos de foguetes palestinos.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos recebeu bem a trégua e exortou as partes a “respeitá-la completamente”. A porta-voz do departamento, Jen Psaki, afirmou que Washington irá continuar com seus esforços para ajudar os dois lados a obter “uma solução duradoura e sustentável no longo prazo”.
Várias tentativas de trégua anteriores realizadas por Egito e outras potências regionais, supervisionadas por Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas, não conseguiram acalmar o pior conflito israelense-palestino em dois anos.
O empenho em transformar o cessar-fogo em uma trégua duradoura pode se mostrar difícil, já que os dois lados rejeitam as exigências mútuas e a legitimidade do outro. O Hamas rejeita a existência de Israel e promete destruí-lo, enquanto Israel denuncia o Hamas como um grupo terrorista e evita qualquer vínculo.
O ministro palestino das Relações Exteriores, Riad al-Malki, disse haver “provas claras” de crimes de guerra de Israel durante sua operação em Gaza quando se reuniu com promotores do Tribunal Penal Internacional em Haia nesta terça-feira para pressionar por uma investigação.
(Reportagem adicional de Eric Beech em Washington, Ori Lewis em Jerusalém, Yasmine Saleh no Cairo, William James e Kylie MacLellan em Londres, Jussi Rosendahl em Haia)