21 de julho de 2009 | 11h54
As Forças Armadas israelenses se preparam para realizar em um único dia um plano de retirada forçada de 23 pequenos assentamentos ilegais na Cisjordânia, diz a edição desta terça-feira, 21, do jornal Haaretz. Segundo a fonte, o plano teria sido aprovado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e afetaria todos os pequenos assentamentos estabelecidos por colonos judeus em território palestino depois de 2001, que são os reconhecidos como ilegais por Israel - para a comunidade internacional, todos o são.
A Polícia de Fronteiras, a polícia e o Exército israelenses teriam feito um exercício conjunto para praticar o plano e treinar o controle dos violentos protestos que este previsivelmente provocaria entre os colonos. O Exército tenta ocultar todos os detalhes referentes à retirada, principalmente as datas, já que seus chefes "são conscientes de que muitos soldados se identificam com os colonos e poderiam passar informações aos que se opõem" à saída dos assentamentos, publica o Haaretz.
O porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld, não quis falar à Agência Efe sobre treinamentos específicos para a retirada de assentamentos e se limitou a dizer que, "nos últimos anos, a polícia israelense treinou continuamente para enfrentar as desordens públicas".
Nas últimas semanas, a política israelense de expansão de colônias no território palestino ocupado da Cisjordânia foi duramente criticada pelos Estados Unidos, que exigiu a interrupção da construção de assentamentos. Nesta segunda-feira, colonos israelenses incendiaram 1.500 oliveiras de propriedade palestina em uma área ao redor da cidade de Nablus, na Cisjordânia, em resposta à demolição de um assentamento colono na região pela polícia israelense. Indignados com a demolição, os colonos também atiraram pedras contra motoristas palestinos que circulavam na zona.
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