Israel seguirá construindo assentamentos

Comunicado do porta-voz de Netanyahu indica que ministros não mudaram posição do país

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Atualização:

JERUSALÉM - O governo de Israel insistiu nesta sexta-feira, 26, que não mudará sua política de construir novas casas em Jerusalém Oriental, o que deve manter as tensões entre o Estado judeu e os EUA sobre como retomar os diálogos de paz com os palestinos.

 

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O comunicado foi divulgado enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocava o gabinete de governo para discutir medidas que possam favorecer a retomada do diálogo, seguindo a proposta do governo americano, que o recebeu nesta semana.

 

"A política de construções israelenses em Jerusalém vem sendo a mesma há 42 anos e não está mudando", precisou o comunicado escrito pelo porta-voz de Netanyahu, Nir Hefez, sugerindo que os ministros do país não mudaram de opinião sobre essa postura.

 

O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, tem pressionado Israel para que detenha a construção de assentamentos em Jerusalém Oriental. O assunto ganhou novamente as atenções quando, no início do mês, Israel anunciou a construção de 1.600 novas casas na região durante a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao país justamente para tentar iniciar a retomada das negociações com os palestinos.

 

O desacordo em torno dos assentamentos põe em risco os vínculos vitais da segurança de Israel com os EUA, seu maior aliado, e também compromete as aspirações americanas na região, conforme disseram autoridades na quinta-feira.

 

Jerusalém Oriental faz parte do território tomado dos palestinos por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967. A soberania israelense sobre a área não é reconhecida internacionalmente, mas Israel afirma que não deixará a região, já que faz parte das terras do povo israelense. Os palestinos, por sua vez, reclamam a porção oriental da cidade sagrada como capital de seu futuro Estado.

 

Os palestinos também exigem que a construção de novos assentamentos seja paralisada completamente para que as negociações de paz sejam retomadas. Israel havia dito em novembro que bloquearia a expansão, mas que a medida não incluiria Jerusalém Oriental e estaria sujeita a exceções.

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