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Israel vai impedir outra violação de suas fronteiras, diz premiê

Netanyahu ordena ação 'moderada, mas decisiva' para conter protestos palestinos

Atualização:

Soldado israelense reforça cerca da fronteira com o Líbano, no norte

 

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na quinta-feira, 2, que seu país vai agir com moderação, mas decisivamente, para impedir que os protestos em massa planejados por palestinos para a próxima semana atravessem as fronteiras do território israelense.

 

 

"Como qualquer outro país do mundo, Israel tem o direito e o dever de guardar e proteger suas fronteiras. Portanto, minhas instruções são claras: atuar com moderação, mas com a determinação necessária para proteger nossas fronteiras, nossas comunidades e nossos cidadãos", disse Netanyahu em discurso feito em Jerusalém. Treze pessoas foram mortas no mês passado quando tropas israelenses tentaram barrar milhares de manifestantes palestinos que tinham avançado em direção a suas fronteiras, cruzando desde a Síria, o Líbano e a Faixa de Gaza. Palestinos planejam um protesto semelhante para o domingo, em resposta a outro chamado lançado no Facebook para que atravessem as fronteiras de Israel no 44º aniversário do início da guerra de 1967, em que Israel capturou Jerusalém oriental, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golan. Netanyahu disse que os choques ocorridos em 15 de maio, quando palestinos lembraram o que os árabes chamam de "naqba", ou catástrofe, da fundação de Israel em uma guerra em 1948, foram uma provocação que teve por objetivo minar a soberania israelense. Dezenas de palestinos conseguiram penetrar a fronteira da Síria, entrando nas Colinas de Golan. A maioria foi devolvida à Síria no mesmo dia. Muitos analistas e comentaristas em Israel disseram que as forças armadas foram pegas desprevenidas pela enxurrada enorme de manifestantes, e autoridades da defesa disseram mais tarde que o Exército estaria mais bem preparado no futuro.

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