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Israel vê pouco progresso nas negociações pelo fim da guerra em Gaza, diz autoridade

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Por NIDAL AL-MUGHRABI E MAAYAN LUBELL
Atualização:

Negociações para encerrar uma guerra entre Israel e militantes islâmicos em Gaza, que já dura mais de um mês, não tiveram progresso até agora, disse uma autoridade israelense nesta terça-feira, enquanto um cessar-fogo de 72 horas no enclave palestino era mantido pelo segundo dia.  Negociadores israelenses e palestinos devem se reunir no Cairo, onde o Hamas e seus aliados estão buscando colocar um fim ao bloqueio israelense e egípcio à Faixa de Gaza. “As lacunas entre os lados são grandes e não há progresso nas negociações”, disse uma autoridade israelense que não quis ser identificada. Não houve comentário imediato do Hamas, o grupo islâmico que domina Gaza. Um representante palestino com conhecimento das negociações disse à Reuters, sob condição de anonimato: “Até agora não podemos dizer que um avanço foi alcançado... 24 horas e veremos se vamos ter um acordo”. O Hamas também quer uma abertura para um porto marítimo ao Mediterrâneo para a empobrecida Gaza, um projeto que, segundo Israel, deve ser tratado apenas em conversas futuras sobre um acordo de paz permanente com os palestinos.  Israel tem resistido em levantar o bloqueio econômico sobre Gaza e suspeita que o Hamas irá se reabastecer de armas do exterior se tiver um acesso facilitado ao território costeiro. O Egito, vizinho de Gaza, também vê o Hamas como uma ameaça à segurança.  Israel retirou suas forças terrestres de Gaza na semana passada após ter dito que o Exército completou seu objetivo principal, que era destruir mais de 30 túneis cavados por militantes para realizar ataques em território israelense. O Estado judaico agora quer garantias de que o Hamas não utilizará suprimentos de reconstrução enviados para o enclave para reconstruir esses túneis. O representante palestino disse que a delegação havia concordado que a reconstrução em Gaza deveria ser realizada pelo governo de unidade, mais técnico, composto em junho pelo Hamas e pelo mais moderado Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, que fica na Cisjordânia.  Representantes israelenses não estão se reunindo pessoalmente com a delegação palestina porque ela inclui o Hamas, considerado por Israel como uma organização terrorista. O Hamas, por sua vez, prega a destruição de Israel.  Hospitais de Gaza disseram que 1938 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos desde 8 de julho, quando Israel lançou uma campanha militar para parar os disparos de foguetes e morteiros, vindos do enclave, contra suas cidades.  Israel perdeu 64 soldados e três civis.

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