Israelenses e palestinos negociam acordo para Gaza antes do fim de cessar-fogo

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Por NIDAL AL-MUGHRABI E STE
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A ameaça de retomada da guerra em Gaza crescia nesta quarta-feira, com a aproximação do fim de um cessar-fogo de três dias e sem sinal de avanço nas conversas indiretas no Cairo entre israelenses e palestinos. Negociadores israelenses voltaram ao Egito depois de passarem a noite em Israel, ao passo que a trégua no conflito, que já matou 1.945 palestinos na Faixa de Gaza e 67 pessoas do lado de Israel, deve expirar às 18h (horário de Brasília). O Hamas, que domina Gaza, e seus aliados buscam o fim de um bloqueio feito por israelenses e egípcios ao enclave costeiro. Israel e Egito têm grandes preocupações de segurança quanto ao grupo islâmico, o que complica qualquer acordo para afrouxar as restrições nas fronteiras. Negociadores israelenses e palestinos não disseram, nesta quarta-feira, se qualquer acordo sobre um fim duradouro às hostilidades está próximo. Uma fonte da diplomacia palestina disse que as conversas continuavam e que enviados palestinos realizariam mais reuniões com mediadores egípcios.  Ambos os lados não estão se reunindo frente a frente. Israel considera o Hamas, que prega a destruição do Estado judeu, como uma organização terrorista que não pode ser parte de negociações diretas.  Na terça-feira, Moussa Abu Marzouk, líder do Hamas no Cairo, descreveu as negociações como “difíceis”. Um representante israelense, que não quis se identificar, disse que nenhum progresso foi feito.  O Hamas também quer abrir um porto marítimo em Gaza, um projeto o qual, segundo Israel, deve ser discutido apenas em conversas futuras sobre um acordo permanente de paz com os palestinos.  Israel tem resistido em remover o bloqueio sobre Gaza, com efeitos sufocantes à economia da região, e suspeita que o Hamas vai recompor seus estoques de armas do exterior caso o acesso ao território costeiro seja afrouxado. O vizinho Egito também trata o Hamas como uma ameaça à segurança. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, disse na terça-feira às Forças Armadas do país para se prepararem para retomar o combate. Um cessar-fogo anterior de 72 horas expirou sem que houvesse um acordo de longo prazo, e ataques palestinos de foguetes e ataques aéreos de Israel foram retomados, embora em menor intensidade.  “Pode ser que os disparos aconteçam novamente e nós vamos atirar contra eles”, disse Yaalon.

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