Israelenses matam 4 em Gaza; foguetes atingem Israel

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Por NIDAL AL-MUGHRABI E DAN WILLIAMS
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A violência voltou a explodir entre Israel e Gaza, com um bombardeio aéreo israelense matando quatro palestinos, e militantes disparando foguetes para o outro lado da fronteira. Os combates começaram na quinta-feira, quando dois militantes palestinos foram mortos dentro de um carro bombardeado. Um dos mortos era ligado ao grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e que Israel acusou de estar planejando o envio de homens armados para se infiltrarem no território israelense via península do Sinai (Egito). Os militantes palestinos reagiram lançando foguetes, alguns dos quais caíram perto de Beersheba, cidade a 35 quilômetros de Gaza. Não houve vítimas. Em todo o sul de Israel, sirenes convocaram os moradores para abrigos antiaéreos. Outro bombardeio israelense se seguiu na madrugada desta sexta-feira, atingindo um campo de treinamento do Hamas na Cidade de Gaza. A explosão destruiu uma casa vizinha, matando seu proprietário e o filho dele, de 12 anos. A mulher dele e cinco crianças ficaram feridas, segundo fontes hospitalares. "Responsabilizamos totalmente o governo da ocupação sionista (Israel) por esse crime e por esta nova escalada", disse Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas. O grupo rejeita qualquer negociação de paz com Israel, mas no passado já propôs tréguas para tentar consolidar seu domínio sobre Gaza e estabelecer um diálogo com a facção rival Fatah, que governa a Cisjordânia. Nos últimos meses, Israel passou a se preocupar também com a infiltração de militantes pela península do Sinai, onde a vigilância militar egípcia se deteriorou em meio às turbulências políticas internas registradas desde o começo do ano. Em agosto, homens armados saíram de Gaza, passaram pelo Sinai e entraram em Israel pelo extremo sul, matando oito pessoas. Nos combates que se seguiram, soldados israelenses entraram no território do Egito e mataram cinco policiais do país. Israel pediu desculpas pelo incidente, e a junta militar egípcia prometeu reforçar a vigilância na região.

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