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Jornalista opositora iraniana é condenada a um ano de prisão

Repórter do jornal 'Etemad-e Melli' é acusada de escrever artigos e entrevistas 'perniciosas' ao regime iraniano

Por EFE
Atualização:

A Justiça iraniana condenou a um ano de prisão a jornalista opositora Mahsa Amrabadi, acusada de escrever artigos e publicar entrevistas "perniciosas" ao regime iraniano. Segundo o site opositor Kalame.com, a repórter do jornal Etemad-e Melli, que apoiou um dos candidatos adversários do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, foi declarada culpada de "propaganda contra o sistema".

 

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Mahsa foi presa no ano passado junto com seu marido, o também jornalista opositor Massoud Bastani - condenado a seis anos de prisão - pouco depois do início dos protestos contra a controvertida reeleição de Ahmadinejad, considerada fraudulenta pela oposição.

 

Logo depois que os resultados foram divulgados, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas do país para protestar. Na repressão das mobilizações, que se mantiveram durante meses, morreram cerca de 20 pessoas segundo números oficiais. Para a oposição, foram aproximadamente 70 mortes.

 

Por volta de cem pessoas dos milhares de detidos foram julgadas e condenadas a penas de prisão e até à forca, acusadas de participar de uma conspiração planejada no exterior para derrubar o atual regime teocrático.

 

Em diversas ocasiões, o regime iraniano acusou a imprensa internacional de encorajar os protestos. A última onda violenta de manifestações aconteceu no dia 27 de dezembro, dia sagrado da Ashura, quando pelo menos oito pessoas foram mortas em confrontos. Segundo dados da organização Repórteres Sem Fronteiras, o Irã é uma das maiores prisões do mundo para jornalistas.

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