PUBLICIDADE

Jornalista palestino é morto por soldados israelenses em Gaza

Ele foi baleado na sexta-feira, 6, durante protestos perto da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel

Atualização:

JERUSALÉM - O videojornalista e fotógrafo palestino Yasser Murtaja, de 31 anos, morreu neste sábado, 7, enquanto outros sete repórteres ficaram feridos por disparos israelenses ontem quando trabalhavam nos protestos na fronteira entre Gaza e Israel, confirmaram hoje fontes médicas e jornalísticas.

Palestinos socorrem um jornalista ferido durante os confrontos com tropas israelenses na fronteira ao sul da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira, 06. Foto: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

PUBLICIDADE

Murtaja, que trabalhava para a agência local "Ein Media" morreu pelos ferimentos sofridos por atiradores israelenses enquanto cobria os eventos da Marcha do Retorno, no leste de Gaza, na tarde de sexta-feira", confirmou o sindicato de jornalistas, em comunicado divulgado pela agência palestina "Wafa".

Ele ficou ferido com extrema gravidade após ser atingido por um disparo no abdômen, quando se encontrava no leste da cidade de Khan Yunis.

Outros sete repórteres ficaram feridos no que o sindicato qualificou de "insistência do Exército de ocupação em continuar cometendo crimes deliberados contra jornalistas palestinos" e de "tê-los como alvos".

+++ Israel rejeita apelos para investigar mortes em Gaza

O sindicato alega que os jornalistas, e Murtaja em particular, foram claramente identificados como tais enquanto trabalhavam, mesmo assim sofreram ferimentos a bala, e garantiu que vai denunciar os fatos nos tribunais e em fóruns internacionais, além de pedir a proteção da ONU para seus trabalhadores.

Murtaja será enterrado hoje em Gaza e o sindicato pediu assistência máxima ao funeral.

Publicidade

Além disso, convocou aos repórteres da Cisjordânia para homenagear Murtaja em um funeral que acontecerá este às 12 (hora local), em Ramallah.

Pelo menos de 10 pessoas morreram ontem por disparos israelenses e cerca de 500 foram feridas à bala na segunda sexta-feira da denominada Marcha do Retorno, onde 20 mil moradores de Gaza foram para a fronteira com Israel e alguns deles queimaram pneus, lançaram coquetéis molotov e pedras. /EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.