11 de março de 2009 | 04h28
A Suprema Corte do Afeganistão confirmou a condenação a 20 anos de prisão para um jornalista acusado de "blasfêmia", informou nesta quarta-feira, 11, um parente do réu à Agência Efe. O jornalista, Syed Pervez Kambakhsh, foi levado à Justiça por distribuir um artigo, recolhido na internet, de uma autora iraniana estabelecida na Europa que denunciava a falta de direitos da mulher afegã. Um tribunal local o condenou à morte após considerá-lo culpado de blasfêmia por distribuir e debater, com seus companheiros de universidade o artigo, em janeiro de 2008. Em uma primeira apelação, uma corte de Cabul decidiu em outubro de 2008 a pena máxima por uma condenação a 20 anos de prisão, sentença que na terça-feira, 10, foi confirmada pelo Supremo. Syed Yaqub Ibrahimi assegurou que seu irmão, Syed Pervez Kambakhsh, é vítima de um "jogo político" e exigiu ao presidente Hamid Karzai que revise a sentença. Kambakhsh, um estudante de 24 anos que também trabalhava para o jornal local Jahan-e-Naw, foi detido em outubro de 2007 na cidade de Mazar-e-Sharif, capital da província de Balkh. O caso levou a organização Repórteres Sem Fronteiras a pedir ao governo afegão que reforme a lei contra a blasfêmia.
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