
02 de dezembro de 2013 | 10h48
A Constituição impede Karzai de tentar uma nova reeleição, e até agora ele não apoiou nenhum dos candidatos, embora haja a expectativa de que se pronuncie em favor de seu irmão mais velho Qayum, visto como um dos favoritos.
Recentemente, a relação de Karzai com os EUA se deteriorou por causa da recusa dele em assinar um acordo que garantiria uma presença militar norte-americana residual no Afeganistão a partir de 2015. Ele disse que o acordo só deveria ser assinado depois da eleição, o que segundo alguns é um sinal da sua relutância em sair de cena.
"A respeito do tempo, há preocupações", disse no domingo o presidente da Comissão Eleitoral Independente, Yousof Nooristani, ao Senado afegão.
"Até o presidente sugeriu que poderíamos fazer mudanças (na data), porque ele recebeu queixas das pessoas. Eu lhe disse que não poderíamos, porque a data está marcada com base na Constituição e na lei eleitoral."
Funcionários do governo dizem que o bloqueio de estradas por causa da neve em determinadas províncias pode impedir muitos eleitores de chegarem às seções eleitorais.
Embora a lei fixe a data do pleito, um membro da comissão nomeada pelo governo de Karzai para organizar a votação disse que ela pode ser adiada se houver risco de que o mau tempo inviabilize a participação de um grande número de eleitores.
"Isso é possível, mas uma coisa está clara. Estamos tentando não dizer isso, é prematuro", disse o comissário à Reuters, pedindo anonimato por não estar autorizado a dar declarações à imprensa.
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