
20 de maio de 2015 | 09h32
Os comentários, transmitidos ao vivo pela TV estatal, foram os mais recentes de uma série de declarações do aiatolá sobre as inspeções, agora que se aproxima o prazo de 30 de junho para resolver um impasse de décadas sobre o programa nuclear do Irã.
"Nós nunca vamos ceder a pressão... Nós não vamos aceitar exigências descabidas... O Irã não vai dar acesso a seus cientistas (nucleares)", disse Khamenei. "Não vamos permitir que a privacidade de nossos cientistas nucleares ou qualquer outra questão importante sejam violados."
Khamenei, que tem a palavra final em qualquer assunto no Irã, descartou no mês passado a possibilidade de quaisquer "medidas extraordinárias de supervisão" de suas atividades nucleares e disse que os militares iranianos não podem ser alvo das inspeções.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vem tentando investigar as alegações de países ocidentais de que o Irã tem trabalhado na elaboração de uma ogiva nuclear. O Irã afirma que seu programa nuclear é pacífico e vem cooperando com a AIEA para esclarecer quaisquer suspeitas. Inspetores da ONU monitoram regularmente as instalações nucleares declaradas pelo Irã, mas a AIEA se queixa há anos de falta de acesso aos locais, equipamentos, documentos e pessoas relevantes para sua investigação.
Em 2 de abril, o Irã chegou a um acordo preliminar com as potências mundiais para permitir que os especialistas da ONU realizem mais inspeções, mas durante as negociações surgiram diferentes interpretações de ambos os lados sobre o acesso aos inspetores. / REUTERS
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