Líbano tem protestos e tiroteios após atentado em Beirute

Ataque desta sexta parece confirmar temores de que a violência na Síria pode se espalhar

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BEIRUTE - Muçulmanos sunitas saíram às ruas e queimaram pneus em todo o Líbano num protesto contra a morte do diretor de inteligência Wissam al Hassam, vitimado por um carro-bomba nesta sexta-feira, 19, segundo testemunhas. Enfurecidos pelo crime, os manifestantes bloquearam estradas no vale do Bekaa (leste), em Akkar (norte), em Sidon (sul) e em vários bairros de Beirute. O ex-premiê Saad al Hariri acusou o governo da vizinha Síria pelo atentado no centro da capital, que matou oito pessoas, inclusive Hassan. O ataque parece confirmar temores de que a violência dos últimos 19 meses na Síria pode se espalhar para o Líbano. As diversas comunidades religiosas do Líbano se dividem entre as que apoiam o regime do presidente sírio, Bashar Assad, integrante da seita alauíta (uma variação do islamismo xiita), e as que torcem pelos rebeldes, ligados à maioria sunita da Síria.

Em Trípoli, segunda maior cidade libanesa, tiros eram ouvidos no bairro sunita de Bab al Tabbaneh, onde há confrontos esporádicos com militantes rivais do vizinho bairro alauíta de Jebel Mohsen. Testemunhas em dois bairros de Beirute disseram que manifestantes enfurecidos começaram a atacar carros que passavam.

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