18 de maio de 2011 | 16h46
Os repórteres norte-americanos Clare Gillis e James Foley, o fotógrafo espanhol Manu Brabo e o jornalista britânico Nigel Chandler foram levados diante de outros repórteres para uma entrevista coletiva.
Os quatro, que pareciam cansados mas saudáveis, só falaram para confirmar seus nomes antes de serem transferidos para outra sala de um hotel em Trípoli. Eles tiveram a pena de um ano de prisão suspensa e foram multados em cerca de 165 dólares.
"Este é um tempo de guerra", disse o porta-voz do governo Mussa Ibrahim. "Sabemos que há estrangeiros, especialistas militares europeus (e outros) lutando com os rebeldes. Então o Exército não sabia de imediato que estas pessoas eram jornalistas, que são inocentes."
"Se alguém foi maltratado, então oferecemos nossas desculpas", acrescentou.
Ibrahim afirmou que os quatro poderiam ficar em Trípoli e continuar seu trabalho ou serem escoltados até a fronteira com a Tunísia.
Forças leais ao líder líbio, Muammar Gaddafi, prenderam Brabo, Foley e Clare no dia 5 de abril perto da cidade petrolífera de Brega. Não estava claro quando Chandler desapareceu.
Ibrahim disse que a Líbia deteve 60 jornalistas desde o início do conflito. Os manifestantes pedem a saída de Gaddafi, que está no poder há 41 anos.
No mês passado, dois fotojornalistas -- o indicado ao Oscar Tim Hetherington e Chris Hondros -- foram mortos após confronto na cidade sitiada de Misrata.
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