25 de agosto de 2014 | 11h23
O apelo veio na esteira dos ataques de rebeldes com mísseis Grad ao aeroporto de Labraq, no leste da Líbia, um dos poucos que ainda funcionam no país, onde a violência entre facções armadas vêm aumentando três anos após a deposição de Muammar Gaddafi.
As potências ocidentais e os vizinhos da Líbia temem que o país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se torne um Estado falido ou mergulhe em uma guerra civil depois que ex-rebeldes que ajudaram a depor Gaddafi em 2011 se voltaram uns contra os outros.
As facções rivais transformaram a capital, Trípoli, e a cidade de Benghazi, a maior do leste, em campos de batalha, forçando a Organização das Nações Unidas (ONU) e as embaixadas a retirar seus funcionários e cidadãos.
Autoridades do alto escalão e o Parlamento recém-eleito se mudaram para Tobruk, no extremo leste, para fugir da violência.
"Há formas (possíveis) de intervenção internacional, já que a Líbia é incapaz de proteger suas instituições, seus aeroportos e seus recursos naturais, especialmente os campos de petróleo”, afirmou o embaixador Mohamed Jibril nos bastidores de uma reunião com os vizinhos de seu país, no Egito.
O ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shukri, disse no encontro que a Líbia precisa de um cessar-fogo de todos os grupos armados e um diálogo nacional para superar as profundas divisões.
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