
26 de outubro de 2009 | 11h22
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, não vai iniciar um diálogo direto com os EUA, revelou o vice-presidente do Parlamento iraniano, Mohmad Reza Bahonar, citado pela agência Ilna no domingo, 25. O deputado argumentou que a opção não faz parte das políticas da República Islâmica.
Veja também:
Altos e baixos da relação entre Irã e EUA
Especial: O histórico de tensões do Irã
Especial: O programa nuclear do Irã
Especial: As armas e ambições das potências
"Certas pessoas chegaram a enxergar a abertura de um diálogo formal com os EUA, mas o assunto deve ser aprovado pelo Conselho de Segurança e pelo líder supremo", advertiu Bahonar. "Atualmente, a nossa estratégia está fundamentada na ausência de negociações", lamentou o vice-presidente do Parlamento, um crítico das políticas do atual presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad.
As declarações do deputado contradizem o ocorrido há duas semanas em Genebra, na Suíça, onde iranianos e americanos conversaram com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China - e com a Alemanha.
Teerã e Washington romperam os laços diplomáticos em abril de 1980, depois de estudantes islâmicos atacarem a embaixada americana na capital iraniana. Logo após a chegada à Casa Branca, o presidente Barack Obama anunciou a disposição de escrever um novo capítulo nas relações entre as duas nações.
O Irã pediu a Washington, no entanto, que peça perdão pelos erros do passado. "O presidente Obama fez discursos positivos, mas depois atuou de forma contrária as declarações", criticou Rahimi, em entrevista à televisão PressTV.
O primeiro vice-presidente referiu-se às negociações em Genebra e ressaltou que o Irã não se deixasse pressionar pela comunidade internacional. "A nação iraniana e o governo não se sentem atingidos pela pressão exercida sobre o Irã. Esperamos que os ocidentais entendam que não podem adotar uma diplomacia dominante", disse.
Encontrou algum erro? Entre em contato