13 de abril de 2010 | 19h48
WASHINGTON- Nem o Egito nem a Turquia criticaram Israel na Conferência de Segurança Nuclear, como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia temido, disseram delegados nesta terça-feira, 13.
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Netanyahu cancelou na semana passada sua presença na reunião de 47 países, e seus assessores citaram preocupações de que potências árabes ou muçulmanas poderiam aproveitar a participação de Israel no fórum para atacar o suposto arsenal atômico não declarado do Estado judeu. Eles nomearam especificamente a Turquia e o Egito.
Mas membros da delegação de Netanyahu, como o representante do premiê, Dan Meridor, afirmaram que não houve alegações dos egípcios ou turcos durante os dois dias de cúpula.
Uma transcrição de um discurso planejado para a cúpula do chefe da delegação egípcia, o ministro de Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit, aparentemente aludia a Israel a clamar por inspeções internacionais de materiais nucleares. Israel refutou essas regulações ao não assinar o Tratado de não-proliferação Nuclear.
A Arábia Saudita foi mais explícita em seu pronunciamento planejado. Seu delegado, o príncipe Mugrin bin Abdel-Aziz al-Saud, qualificou as armas nucleares israelenses como "um obstáculo fundamental para alcançar segurança e estabilidade no Oriente Médio", de acordo com uma transcrição de seus discurso.
Os Estados Unidos expressaram compreensão pela ausência de Netanyahu, mas especialistas israelenses acusaram o premiê de tentar evitar um encontro face a face com Obama após congelar as conversações de paz com os palestinos.
Israel não confirma nem nega ter as únicas armas nucleares da região, com a justificativa de que sua revelação de ter tais armamentos pode provocar uma corrida armamentista com inimigos da região.
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