25 de agosto de 2010 | 09h50
JERUSALÉM - O ministro de Assuntos Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta quarta-feira, 25, que não há nenhuma razão para não retomar a construção nos assentamentos judaicos da Cisjordânia quando acabar a moratória de dez meses em 26 de setembro.
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"Não podemos castigar dezenas de milhares de cidadãos que serviram ao Exército e que vivem em comunidades legais", disse o ministro em entrevista à rádio pública israelense.
Em 26 de setembro acaba o congelamento da construção que Israel declarou em novembro como gesto de boa vontade para reiniciar as negociações de paz com os palestinos. Os partidos da direita nacionalista, um dos quais Lieberman é membro, exige que a medida não seja renovada.
Após meses de contatos indiretos, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu viajará em 2 de setembro a Washington para reiniciar as negociações diretas, embora os palestinos já tenham advertido que se a construção tiver continuidade eles deixarão a mesa de negociação.
Segundo Lieberman, Israel não deve buscar problemas com os aliados com a construção de mais casas no coração do território palestino, mas não vê razão para não fazê-lo em outras áreas. Na entrevista, o ministro, que vive em uma colônia ao sudeste de Jerusalém, reiterou que estaria disposto a deixar sua casa em caso de um acordo de paz, mas só "em um acordo completo de paz que coloque um fim no conflito".
Sobre as próximas negociações, ele manifestou que é "improvável que o processo termine dentro de um ano", como expressou Washington, porque "as diferenças entre as partes são grandes".
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