
19 de setembro de 2007 | 11h49
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, contestou nesta quarta-feira, 19, a versão da companhia de segurança privada americana Blackwater e prometeu não tolerar que os cidadãos de seu país sejam "assassinados a sangue frio".Segundo ele, trata-se do "sétimo caso do gênero envolvendo a Blackwater" e isso precisa ser observado. "Não toleraremos o assassinato a sangue frio de nossos cidadãos. O trabalho dessa empresa foi suspenso para que possamos saber os motivos", declarou.Maliki refere-se ao incidente ocorrido no domingo, quando, segundo relatos de testemunhas, agentes da Blackwater abriram fogo depois de uma explosão próxima de um comboio diplomático americano e mataram pelo menos 11 civis.A circulação de comboios diplomáticos e de outros funcionários civis para fora da Zona Verde permanecia suspensa nesta quarta. O governo iraquiano suspendeu as operações da Blackwater enquanto investiga o caso.Apesar de civis terem morrido no incidente, a Blackwater insiste que seus agentes abriram fogo contra militantes armados que teriam atacado o comboio do Departamento de Estado dos EUA.Na terça-feira, porém, o jornal New York Times publicou detalhes de uma investigação preliminar segundo a qual o incidente começou quando agentes da Blackwater perceberam que um motorista não atendeu à ordem de um policial para parar e abriram fogo contra o veículo, matando um casal e uma criança. Segundo o relato publicado pelo jornal americano, helicópteros da Blackwater também atacaram. A empresa nega.
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