20 de março de 2011 | 12h17
BEIRUTE - A onda de protestos que abalou o mundo árabe chegou à Síria, um dos países mais fechados da região. Centenas saíram às ruas neste domingo, 20, na cidade de Daara, no sul do país. Testemunhas afirmam que uma pessoa foi morta.
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Manifestação popular vai contra a repressão das forças de segurança que matou ao menos cinco pessoas durante essa semana. Ativistas também protestam contra a prisão de crianças envolvidas nas manifestações.
Segundo relatos, a polícia atirou para o alto e tem usado bombas de gás para dispersar os manifestantes, que ficaram revoltados com a violência.
Ativistas tinham convocado neste sábado, 19, a população local para participar da 'revolução'. O chamado ocorreu durante o funeral de dois dos manifestantes mortos pelas forças de segurança da Síria.
"Revolução, revolução. Cresça Hauran", gritavam as pessoas em Daara, capital administrativa do planalto de Hauran, enquanto caminhavam atrás dos caixões de madeira de Wissam Ayyash e Mahmoud al-Jawabra.
"Deus, Síria, liberdade. Quem mata seu próprio povo é um traidor", gritavam os enlutados, que eram acompanhados por centenas de pessoas.
Os dois foram mortos nesta sexta-feira, 18, quando forças de segurança abriram fogo contra civis que participavam de um protesto pacífico contra a corrupção no país.
Um terceiro homem, Ayhem al-Hariri, também foi morto durante a manifestação, enquanto outro, Adnan Akrad, faleceu neste sábado, não resistindo aos ferimentos de bala que o atingiram na sexta-feira.
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