
19 de março de 2010 | 11h46
BRUXELAS - O ministro de Assuntos Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta sexta-feira, 19, que o pedido do quarteto para o Oriente Médio para a criação de um Estado palestino em 24 meses prejudica as possibilidades de um possível acordo de paz entre israelenses e palestinos.
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"A paz não pode ser imposta de forma artificial e com um calendário irreal", afirmou o chanceler perante a comunidade judaica em Bruxelas, segundo um comunicado de seu escritório. Segundo Lieberman, a declaração "ignora as experiências dos últimos 16 anos (desde os acordos de Oslo) e não leva em conta que a paz deve ser construída "com ações, e não pelo uso da força".
Para Lieberman, o pedido prejudica o processo. "Estes anúncios só afastam o objetivo de alcançar um autêntico acordo entre Israel e os palestinos ao dar à parte palestina a falsa impressão que bater o pé e rejeitar se sentar à mesa de negociações sob falsos pretextos lhe aproximará do seu objetivo", completou.
Nesta sexta-feira, o grupo de pediu que em até 24 meses um acordo de paz fosse estabelecido e que fosse criado Estado palestino democrático que viva em paz com Israel e outros países vizinhos. Além disso, os mediadores pediram ao Estado judeu que paralisasse a construção de todos os seus assentamentos e solicitaram aos palestinos para que não cometessem atos que possam atrapalhar o início das negociações indiretas entre as partes.
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