12 de junho de 2014 | 11h05
Mais de 1 milhão de refugiados sírios vivem no Líbano, representando um quarto da população do país, depois de ter fugido de uma guerra civil que já está em seu quarto ano e deixou mais de 160 mil mortos.
Apenas 50 por cento das crianças de famílias refugiadas sírios na região frequentam a escola, e apenas 30 por cento no Líbano, afirma a Care.
Crianças que trabalham como vendedores ambulantes dizem que estão ganhando menos de 5 dólares por dia. Outras trabalham em cafés e mercados ou em fazendas e obras. Algumas dizem viajar por horas em ônibus para a capital, Beirute.
Na Jordânia, onde vivem cerca de 600 mil refugiados sírios, o trabalho infantil em todo o país dobrou desde o início da guerra e envolve 60 mil crianças, afirmou a Care nesta semana.
A entidade está entregando dinheiro para as famílias na Jordânia e Líbano - que proibiu os campos de refugiados - para permitir que as crianças frequentem a escola em vez de trabalhar, mas os recursos são insuficientes.
"As condições são difíceis e a segurança das crianças não está garantida", afirmou por e-mail Johanna Mitscherlich, Coordenadora de Comunicações de Emergência Regional para a Care, lembrando que a habitação é insuficiente e que as famílias enfrentam dificuldade para obter uma ou duas refeições por dia.
Esta quinta-feira marca o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil. Há cerca de 168 milhões de crianças trabalhando em todo o mundo, uma redução de um terço desde 2000, segundo a Organização Internacional do Trabalho.
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