PUBLICIDADE

Milhares de europeus protestam contra ofensiva em Gaza

Houve manifestações na Alemanha, França, Itália, Espanha e Inglaterra; policiais londrinos tiveram problemas

Por EFE
Atualização:

Assim como os libanes, milhares de pessoas saíram às ruas de cidades europeias neste sábado, 10, para protestar contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. As manifestações foram mais fortes, sobretudo, em Londres e em Paris, onde houve confusão com os policiais que acompanhavam as manifestações. Bandeiras queimadas e gritos de protestos marcaram os movimentos em várias cidades do continente. Na capital inglesa, o protesto contou com 100 mil pessoas, segundo os organizadores. Este número, no entanto, diverge do informado pelas autoridades - de 12 mil - e o usado pela emissora BBC - de mais de 50 mil. Membros da comunidade judaica, tanto ortodoxos opostos ao Estado de Israel como sionistas críticos à atual ofensiva, participaram do movimento. Veja também: Israel alerta palestinos para combates mais duros Presidente da ANP diz que 'agressão' deve parar Israel mira novos alvos; 9 mortos em ataque com tanque Após fracasso da ONU, Egito tenta cessar-fogo Embaixador brasileiro no Egito fala da negociação entre Hamas e Egito  Correspondente do 'Estado' fala sobre o conflito  Especial traz mapa com principais alvos em Gaza  Linha do tempo multimídia dos ataques em Gaza  Bastidores da cobertura do 'Estado' em Israel  Conheça a história do conflito entre Israel e palestinos  Veja imagens de Gaza após os ataques     Os manifestantes marcharam desde o Hyde Park até a embaixada israelense que fica no oeste de Londres .No final do protesto, um pequeno número de manifestantes protagonizou uma confusão com a polícia, que terminou sem feridos, mas que deixou uma loja da rede americana Starbucks danificada. A manifestação, organizada pela Coalizão Stop the War e grupos como a CND (Campanha para o Desarmamento Nuclear) e a Iniciativa britânico-muçulmana, começou com discursos de políticos, intelectuais e artistas, que expressaram sua repulsa ao ataque. O ex-prefeito de Londres, o trabalhista Ken Livingstone, pediu ao governo britânico e à União Europeia que interrompam "este massacre" com iniciativas econômicas para "forçar Israel a acabar com o massacre". Problemas entre manifestantes e policiais em Londres. Foto: AP França Milhares de franceses protestaram também pediram o fim das ofensivas na Faixa de Gaza entre palestinos e israelenses. Diversas organizações sociais e políticas convocaram os franceses a sair às ruas de Paris e de outras cidades do país. A manifestação na capital francesa começou por volta das 15 horas, (meio-dia, no horário de Brasília) e partiu da Praça da República, onde estava previsto que os participantes saíssem em direção à Praça da Nação. O itinerário é vigiado de perto pelas forças de segurança. Cerca de quatro mil policiais estão no percurso da manifestação, que foi convocada pelo "Coletivo Nacional por uma paz justa e duradoura entre Palestinos e Israelenses", que reúne organizações sociais, partidos políticos de esquerda e sindicatos. O propósito dos organizadores é pedir o final da intervenção israelense na Faixa de Gaza, a interrupção do bloqueio a este território e a suspensão dos acordos vigentes entre o Estado de Israel e a União Europeia. Itália Diversas bandeiras israelenses foram queimadas durante manifestações realizadas em cidades da Itália contra a ofensiva do exército israelense na Faixa de Gaza. De todas as manifestações, a de Milão, no norte do país, foi a que contou com o maior número de participantes, com milhares de pessoas, segundo a imprensa local. Lá, se reuniram desde jovens universitários até representantes de partidos de extrema esquerda ou de associações palestinas da região. "Israel, terrorista" ou "Israel, fora, fora, Palestina é minha terra" eram algumas das palavras de ordem que podiam ser lidas nos cartazes dos manifestantes, que queimaram bandeiras com a estrela de Davi impressa. Em Turim, também na região norte, onde se reuniram cerca de 1,5 mil pessoas, de acordo com a imprensa local, houve momentos de tensão diante da prefeitura da cidade e da sede da Associação Itália-Israel, numa manifestação convocada pela Assembleia Palestina Livre. Ajudados por uma escada, alguns manifestantes tentaram invadir o prédio para colocar uma bandeira palestina, o que levou a polícia a agir. Alemanha Milhares protestaram nas cidades alemãs, como em Monique. Foto: EFE Mais de 20 mil pessoas, segundo fontes policiais, se juntaram aos atos convocados em diferentes cidades alemãs para manifestar-se contra a intervenção de Israel na Faixa de Gaza. Na cidade de Duisburgo, mais de 10 mil saíram às ruas após convocação da "Comunidade Islâmica Milli Görüs", formada por turcos e considerada radical por autoridades alemãs. O protesto ocorreu pacificamente, sem ocorrências ou feridos. Já no oeste do país, em Maguncia, a polícia informou que 5 mil se reuniram em protesto com gritos de "Parem com o assassinato de crianças", "Paz para Palestina" e "ONU, onde está sua intervenção?". Os manifestantes exigiram que o governo alemão reclame com Israel em relação ao respeito do direito internacional e que eles acatem as resoluções da ONU. Na capital alemã, Berlim, 2,5 mil pessoas se juntaram para pedir o cessar-fogo, em sua maioria palestinos, escoltados por forte contingente policial. Também houve protestos nas cidades de Stuttgart, Tubinga e Friburgo. Em Munique, 800 pessoas atenderam aos chamados da comunidade palestina e saíram às ruas. Em Dresde, apenas 200 pessoas saíram em protesto. Espanha Milhares também se reuniram nas ruas de algumas cidades espanholas como Barcelona, Pamplona e Las Palmas para pedirem a interrupção da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, em solidariedade com o povo palestino e em favor de um boicote político e comercial a Israel. A maior manifestação foi registrada nesta tarde em Barcelona, contando com cerca de 30 mil pessoas, segundo a polícia, e convocadas por mais de 300 entidades cívicas catalãs. As ruas de Pamplona também foram palco de um protesto contra a ofensiva em Gaza. Cerca de 3 mil pessoas, segundo os organizadores, e 2,4 mil, conforme a polícia, expressaram sua solidariedade ao povo palestino e pediram o boicote a Israel. Durante a manifestação foram pronunciadas palavras de ordem a favor de uma Palestina livre e contra o Estado de Israel, que foi chamado de "assassino" e "genocida". Em Las Palmas de Gran Canaria, 7 mil pessoas - 4 mil segundo a Polícia - também exigiram o final imediato do ataque de Israel a Gaza em um protesto que terminou aos gritos de "Palestina vencerá". Protestos também aconteceram em Málaga, onde cerca de 2,5 mil pediram a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza e expressaram sua condenação e sua repulsa ao conflito. A estes protestos se juntará neste domingo uma manifestação convocada em Madri. Atualizado às 20 horas para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.