31 de março de 2012 | 18h04
Autoridades locais disseram que confrontos pesados eclodiram entre os militantes e reforços do exército, enviados da cidade portuária de Aden, para retomar o posto de controle, localizado na estrada que liga as províncias do sul de Lahej e Abyan, que continuava fechada na noite de sábado.
Aviões de guerra iemenitas bombardearam a área, forçando a retirada de alguns dos militantes que retornaram para seu principal reduto em Jaar, levando com eles dois tanques e outros armamentos.
Os militantes islamitas aumentaram seus ataques ao exército desde que o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi assumiu o cargo no mês passado, prometendo combater a ala regional da al Qaeda.
No seu pior ataque até agora, os militantes mataram pelo menos 110 soldados e fizeram dezenas de reféns no começo do mês, em Zinjibar. Antes disso houve um ataque suicida que matou 26 pessoas, no dia da posse de Hadi, em fevereiro.
O governo tem reagido com ataques aéreos em supostos esconderijos islamitas e os EUA têm usado constantemente seus drones para atacar os militantes que tomaram diversas cidades ao sul durante o ano passado.
RESPONSABILIDADE
O grupo militante Ansar al-Sharia (Partidários da Lei Islâmica) assumiu a responsabilidade pelo ataque de sábado. Em uma mensagem de texto supostamente enviada pelo grupo, ele disse que havia matado 30 recrutas.
"Os guerreiros sagrados da Ansar al-Sharia atacaram um posto de controle militar de al-Hurur, em Abyan, matando cerca de 30 pessoas," dizia a mensagem cuja autenticidade não pode ser verificada imediatamente.
A autoridade militar disse que eles atacaram ao amanhecer, enquanto os soldados ainda dormiam, pegando os guardas de surpresa, matando-os primeiro.
Os moradores disseram que o exército começou a distribuir metralhadoras à população, para que eles possam ajudar a combater os rebeldes.
Washington, preocupada com o aumento da força da al-Qaeda no Iêmen, apoiou a eleição de Hadi no mês passado, depois de um acordo mediado pelo Golfo Árabe, para facilitar a saída do seu antecessor, Ali Abdullah Saleh, depois de um ano de manifestações contra ele.
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