Ministro iraniano defende segregação sexual nas universidades

PUBLICIDADE

Atualização:

O ministro da Ciência do Irã pediu às universidades que imponham estritamente a segregação sexual em suas unidades, alegando que a permissão para que homens e mulheres se misturem nas aulas é um sinal da influência dos valores ocidentais, informou a mídia local nesta quarta-feira. Leis rígidas adotadas no Irã depois da Revolução Islâmica, em 1979, vetam o contato entre homens e mulheres, mas a imposição dessas normas varia amplamente no país. Políticos conservadores pedem com frequência a estrita observância das leis. "O problema é que nossas universidades foram erguidas com base em valores ocidentais... que não são compatíveis com nossos valores islâmico-iranianos", disse o ministro da Ciência, Kamran Daneshjou, segundo informou o diário Javan. A segregação afeta algumas instâncias da vida cotidiana no Irã. Mulheres têm de viajar na parte de trás dos ônibus e visitar parques públicos nos quais homens não podem entrar. Mas a maioria das salas de aula nas universidades não é segregada. "A lei de segregação dos sexos tem de ser posta em prática se não provocar a paralisação das atividades rotineiras", declarou Daneshjou. O ministro sugeriu que homens e mulheres usem áreas como laboratórios e salas de computadores em horários diferentes, se não for possível criar instalações separadas. (Por Reza Derakhshi)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.