OPINIÕES DIVIDIDAS
“Unidades da polícia antiterrorista cercaram uma casa na vizinhança de Abu Tor para prender o suspeito da tentativa de assassinato de Yehuda Glick”, declarou o porta-voz da polícia de Israel, Micky Rosenfeld. “Assim que chegaram, foram recebidos a tiros. Reagiram aos disparos, atingindo e matando o suspeito.”
Os locais identificaram o homem como Hejazi, que passou 11 anos em uma prisão israelense e foi libertado em 2012. O pai e o irmão de Hejazi foram presos. A polícia israelense lançou bombas sonoras para afastar grupos de moradores revoltados, que gritaram ofensas enquanto assistiam ao desenrolar do drama das sacadas ao redor.
Um residente de Abu Tor, um idoso árabe de bengala que não quis se identificar, descreveu Hejazi como um encrenqueiro. Outros afirmaram que ele era um bom filho de uma família respeitável.
O Hamas e a Jihad Islâmica, dois grupos que militam pela causa palestina, saudaram o ataque a Glick e lamentaram a morte de Hejazi.
“Louvamos seu martírio, que veio depois de uma vida plena de jihad (luta) e sacrifício e que respondeu ao chamado da tarefa sagrada de defender a mesquita de Al-Aqsa”, declarou a Jihad Islâmica.
Jerusalém Oriental, capturada por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967 e ocupada desde então, tem sido palco de atritos intensos nos últimos meses, especialmente nos arredores de Silwan, que fica à sombra da Cidade Velha e de
Al-Aqsa.
Organizações de colonos judeus adquiriram mais de duas dúzias de edifícios em Silwan ao longo dos anos, sendo nove nos últimos três meses, e os ocuparam, uma iniciativa para tornar o distrito mais judeu. Cerca de 500 colonos vivem em meio a aproximadamente 400 mil palestinos.
(Reportagem adicional de Ori Lewis em Jerusalém, Ali Sawafta e Noah Browning em Ramallah e Nidal al-Mughrabi em Gaza)
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