Movimentos palestinos dizem estar prontos para trégua de 24 horas

Organização pela Libertação da Palestina afirma que em caso de negativa do cessar-fogo, Israel será responsável por consequências

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O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo Foto: Abbas Momani/AFP

Os principais movimentos palestinos, entre eles o Hamas e a Jihad Islâmica, estão prontos para uma trégua humanitária de 24 horas na Faixa de Gaza, informou nesta terça-feira, 29, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

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"Em caso de negativa, consideraremos Israel plenamente responsável pelas consequências", afirmou o Secretário-geral da OLP Yaser Abed Rabo. "A ONU sugeriu extender a trégua para 72 horas. Estudamos essa sugestão de forma positiva", acrescentou.

Na segunda-feira, houve um pequeno período de cessar-fogo na região pelo fim do Ramadã. Mas depois, novos confrontos deixaram palestinos e soldados israelenses mortos.

O porta-voz do governo israelense Mark Regev descartou a declaração, afirmando que enquanto Israel não ouvir diretamente a oferta vinda do Hamas "não é algo sério". O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, pediu que os cidadãos se preparem para um "longo conflito" militar na Faixa de Gaza.

O funcionário da área da saúde de Gaza Ashraf al-Kidra disse que pelo menos 100 palestinos foram mortos em confrontos somente nesta terça. Desde o início da ofensiva terrestre em Gaza já foram registradas outras ocasiões em que o número de palestinos mortos num único dia ultrapassou os 100.

Militares israelenses disseram nesta terça que militantes de Gaza se infiltraram em Israel por meio de um túnel e mataram cinco soldados em enfrentamento perto da comunidade israelense de Nahal Oz. Com a ação, o número de soldados israelenses mortos na segunda-feira subiu para 10.

"Os soldados foram mortos durante combate quando terroristas tentaram realizar um ataque usando um túnel que ia de Gaza até Nahal Oz. Os soldados frustraram a tentativa ao perceberem o esquadrão e neutralizarem um dos terroristas", afirmaram os militares em um comunicado.

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Desde o início da ofensiva de Israel em Gaza, 43 soldados israelenses e cerca de 1.100 palestinos, na maioria civis, foram mortos.

Israel iniciou a ofensiva militar no dia 8 dizendo ter como objetivo deter os ataques de foguetes por parte do movimento Hamas e outros grupos armados. Dez dias depois, enviou forças terrestres com o objetivo declarado de destruir os túneis construídos pelo Hamas na fronteira. /AFP, AP e REUTERS

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