
08 de dezembro de 2009 | 10h32
O governo do Irã prometeu "não demonstrar misericórdia" em relação às manifestações da oposição, vistas como uma ameaça à segurança nacional, disse uma fonte judicial nesta terça-feira, 8, um dia depois de milhares de estudantes realizarem passeatas contra a gestão do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad.
"De agora em diante, não iremos demonstrar misericórdia com relação a quem age contra a segurança nacional. Estes serão confrontados com firmeza", disse o promotor Gholamhossein Mohseni-Ejei, segundo a agência oficial de notícias Irna.
A segunda-feira foi marcada pelo maior protesto dos últimos meses contra o governo. Os manifestantes foram duramente reprimido pelas forças de segurança com cassetetes e gás lacrimogêneo.
Os protestos desta semana, embora menores, ecoam as manifestações ocorridas depois da eleição presidencial de junho, que segundo a oposição foi fraudada. Desta vez, porém, a atmosfera parecia mais radical, com gritos contra o regime clerical, e não só contra a reeleição de Ahmadinejad. Analistas dizem que os estudantes representam um bastião de apoio ao líder oposicionista Mirhossein Mousavi.
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