14 de junho de 2014 | 13h16
Pelo menos 50 mil pessoas partiram do norte da África para a Itália até agora neste ano, superando os 40 mil que chegaram durante 2013, de acordo com as autoridades da guarda costeira italiana.
Com isso, o total de 2014 deve superar os 60 mil que fizeram a viagem arriscada em 2011, quando as revoluções da Primavera Árabe afrouxaram os controles fronteiriços.
A Marinha afirmou que, juntamente com a guarda costeira italiana, salvou na sexta-feira 39 imigrantes de um barco que naufragou a cerca de 40 milhas náuticas do norte da Líbia, mas que também recuperou 10 cadáveres.
Os oficiais não deram nenhuma informação sobre a nacionalidade das vítimas ou dos outros imigrantes, que foram transferidos para o navio de abastecimento italiano Etna.
A embarcação, que transporta cerca de 700 imigrantes recuperados nos últimos dias, se dirige para a capital siciliana, Palermo, onde deve chegar no domingo, informou a Marinha.
A onda de imigrantes que deixam a costa do norte da África está saturando a capacidade da missão naval italiana - chamado Mare Nostrum ou Nosso Mar - que patrulha as águas entre a África e a Itália por conta própria.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, exortou a Organização das Nações Unidas a intervir na Líbia, de onde ele diz que mais de 90 por cento dos imigrantes partem e onde gangues criminosas cobram mais de 1.000 dólares de cada pessoa para a viagem em embarcações inseguras.
(Reportagem de Gavin Jones)
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