O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira, 14, que o governo não paralisará completamente as construções de novos assentamentos no território ocupado da Cisjordânia conforme os EUA haviam pedido. O premiê, entretanto, revelou que pode diminuir o ritmo da expansão como uma medida para ajudar a retomada das negociações de paz com a Palestina.
Funcionários do governo israelense disseram que os trabalhos continuarão com 2.500 novas casas sendo construídas na área ocupada, o que foi respaldado pelo premiê um dia antes do encontro com o enviado dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell. "Os americanos nos pediram para congelarmos completamente a expansão e nós dissemos que não vamos fazer isso", disse Netanyahu ao Comitê de Defesa e Assuntos Externos, segundo um parlamentar.
"Eu disse aos americanos que consideraríamos diminuir o ritmo das construções. Mas deve haver um balanço entre o desejo de se conseguir progresso em negociações políticas e a necessidade de permitir que o povo israelense continue sua vida normalmente", afirmou Netanyahu.
O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, que também deve se encontrar com Mitchell na terça-feira, 15, disse anteriormente que não retomará as negociações de paz com Israel se o Estado judeu não paralisar as construções de assentamentos e aceitar o "mapa da paz" proposto em 2003. As conversas estão suspensas desde dezembro do ano passado.