Norte do Iraque enfrenta surto de cólera, diz autoridade

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Por SHERKO RAOUF
Atualização:

Os serviços de saúde do norte do Iraque deparam-se com quase 4.000 supostos casos de cólera, em meio aos quais oito pessoas morreram até agora, afirmou na quarta-feira o ministro da Saúde para a região curda semi-autônoma do país. "Uma catástrofe pode acontecer no Curdistão se não recebermos ajuda imediata de outros Estados e da Organização Mundial da Saúde (OMS)", afirmou à Reuters o ministro, Zairyan Othman. Segundo Othman, o Curdistão iraquiano declarou estado de emergência para impedir a disseminação dessa infecção intestinal grave, que se propaga por meio da água e de alimentos contaminados. "A epidemia pode atingir outras províncias do norte e até mesmo Bagdá", alertou. Em Genebra, a OMS afirmou estar ciente de dois surtos -- um na província curda de Sulaimaniya e outro em Kirkuk, uma província vizinha ao Curdistão e na qual há uma grande população curda. "A resposta do maior hospital (de Sulaimaniya) mostrou-se bastante organizada até agora. E a epidemia vem sendo encarada com seriedade pelo Ministério da Saúde e por outras entidades, entre as quais a OMS", disse Claire-Lise Chaignat, chefe da força-tarefa global da OMS para o controle da cólera. Segundo autoridades da área de saúde, a fonte do surto em Sulaimaniya parecia ser a água poluída de um poço que os moradores viram-se obrigados a consumir devido à falta de água potável. Em Kirkuk, canos quebrados permitiram que a água entrasse em contato com o esgoto.

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