
11 de abril de 2008 | 17h44
Os Estados Unidos consideram tanto incentivos quanto sanções para persuadir o Irã a limitar seu programa nuclear, mas por enquanto não serão analisadas medidas importantes, disse a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, nesta sexta-feira, 11. "Sempre estamos considerando renovar as opções, mas creio que este não é o momento certo para mudanças", declarou a secretária. Veja também:Irã anuncia construção de nova usina para enriquecer urânioO programa nuclear do Irã "Acabamos de aprovar uma resolução do Conselho de Segurança (da ONU, que impõe sanções adicionais). Veremos como o Irã responderá", destacou Condoleezza, em uma coletiva de imprensa com o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Representantes dos governos dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China irão se reunir em 16 de abril em Xangai, na China, para discutir quais serão os próximos passos contra o programa nuclear de Teerã. China e Rússia pressionam por maiores incentivos para que o Irã renuncie a seu delicado programa nuclear, acusado pelo Ocidente de ser usado para produção de bombas nucleares. Teerã, porém, diz que o programa visa aumentar sua capacidade energética, para fins pacíficos. O Conselho de Segurança da ONU aprovou três rodadas de sanções limitadas contra o Irã, que nos últimos dias anunciou a instalação de 6 mil centrífugas para enriquecimento de urânio, que se altamente refinado pode ser usado na criação de armas nucleares. Condoleezza disse que não poderia verificar "de uma maneira ou de outra" o que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, comentou nesta semana sobre os avanços do programa nuclear do país, mas afirmou que a ONU deveria ter maior acesso ao programa para verificar sua real situação. Por sua vez, o ministro alemão disse que as principais potências do mundo mantém uma "frente unida" para lidar com o Irã, e acrescentou que as nações européias consideram sanções complementares sobre a última resolução do Conselho de Segurança.
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