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Novo Parlamento da Líbia pede união; milícias rivais mantêm combates

Horas antes de o Parlamento se reunir na cidade de Tobruk, no leste do país, artilharia pesada e disparos de foguetes atingiram o sul e partes do oeste da capital

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Três semanas de combates em Trípoli e Benghazi tornaram as duas principais cidades da Líbia inseguras para a sessão parlamentar Foto: HANI AMARA/REUTERS

O novo Parlamento da Líbia fez um apelo pela união nacional em sua primeira sessão formal nesta segunda-feira, enquanto facções armadas rivais lutam pelo domínio de um país que sofre para se manter coeso três anos após a queda de Muammar Gaddafi.

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Horas antes de o Parlamento se reunir na cidade de Tobruk, no leste do país, artilharia pesada e disparos de foguetes atingiram o sul e partes do oeste da capital, Trípoli, onde as brigadas Misrata, de inclinação islâmica, vêm lutando há três semanas para expulsar milícias rivais.

Os legisladores se reuniram em um hotel fortemente protegido porque as três semanas de combates em Trípoli e Benghazi tornaram as duas principais cidades da Líbia inseguras para a sessão parlamentar.

Eleita em junho, a Câmara dos Deputados local substitui o Congresso Nacional Geral (CNG) após uma eleição que, segundo analistas, desgastou o domínio político que facções islâmicas ligadas à Irmandade Muçulmana tinham na legislatura.

“Uma rápida transição do CNG para o novo Parlamento é vital, porque o país está um caos”, disse o ex-vice-líder do CNG, Azzedine al-Awami.

O ministro da Justiça, Saleh al-Marghani, falando em nome do primeiro-ministro, que está nos Estados Unidos para uma cúpula, exortou os legisladores a formar um governo de união.

Dos 188 legisladores eleitos, 158 foram empossados durante a sessão.

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(Reportagem adicional de Ayman al-Warfalli, em Tobruk; de Ahmed Elumami, em Benghazi; e de Heba al-Shibani, em Trípoli)

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