Obama condena ataque suicida 'ultrajante' no Paquistão

O Talebã paquistanês assumiu a autoria de um ataque realizado por uma mulher-bomba que detonou seus explosivos perto de uma multidão

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Por BBC
Atualização:

Homem socorrido após ataque deste sábado (Foto: AP)O presidente americano, Barack Obama, classificou de ‘ultrajante” o ataque suicida que matou pelo menos 43 pessoas no sábado, 25, no Paquistão.

 

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O Talebã paquistanês assumiu a autoria de um ataque realizado por uma mulher-bomba que detonou seus explosivos perto de uma multidão que recebia ajuda humanitária no noroeste do Paquistão.

 

"Condeno com veemência este ultrajante ataque terrorista em Khar, no Paquistão. A matança de inocentes em um local de distribuição de comida é uma afronta para a população paquistanesa e para toda a humanidade", disse ele.

 

"Os Estados Unidos estão junto com os paquistaneses nestes tempos difíceis e vão apoiar substancialmente os esforços do Paquistão para a conquista da paz e justiça para seu povo", completou.

Represália. O Talebã paquistanês disse que o ataque foi em represália ao apoio da população de Khan, região de Bajaur, próxima da fronteira com o Afeganistão, para a ofensiva do governo contra militantes.

Pelo menos 60 pessoas ficaram feridas no ataque.

 

Vítimas estavam em um centro de distribuição de comida.  Também neste sábado, o Exército afirmou ter matado 40 militantes na região tribal de Mohmand, onde, na véspera, 35 pessoas tinham morrido quando membros do Talebã atacaram postos de controle.

 

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Na mesma região, um ataque suicida deixou ao menos 40 mortos no início deste mês.

 

Ex-aliado. O correspondente da BBC News em Islamabad Aleem Maqbool explica que Bajaur é uma região alvo de inúmeras operações do Exército, que várias vezes declarou que a área estava livre dos militantes.

 

Mas, novamente, os extremistas provam que podem revidar.

 

“No final de um ano sangrento no Paquistão, houve ataques a todos os tipos de alvo. Os militantes não se acanharam”, opina Maqbool. “Muitos paquistaneses se perguntam como o governo e os militares vão lidar com a situação no futuro.”

 

O governo paquistanês está sob forte pressão dos Estados Unidos para que lance uma forte ofensiva na região tribal do Waziristão do Norte, onde acredita-se que se escondam extremistas islâmicos.

 

Islamabad nega as acusações de que não está fazendo o suficiente para conter o extremismo. O país apoiou o regime do Talebã no Afeganistão entre 1996 e 2001, mas se tornou aliado dos EUA após a invasão americana ao país vizinho.

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