WASHINGTON- O presidente Barack Obama afirmou nesta quarta-feira, 18, que está cumprindo seu compromisso assumido durante as eleições de encerrar as missões de combate no Iraque e completar a retirada de milhares de soldados americanos do país.
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"Estamos mantendo a promessa que fiz quando comecei minha campanha para a presidência. No fim deste mês, teremos tirado 100 mil soldados do Iraque e nossa missão de combate terminará", disse Obama durante um ato político em Ohio.
A partir do fim do mês, os norte-americanos manterão um contingente de cerca de 50 mil militares para logística e treinamento dos soldados iraquianos. Durante o "surge" (aumento dos soldados norte-americanos no país), entre 2006 e 2007, os norte-americanos chegaram a ter 165 mil homens no Iraque.
O líder americano fez as afirmações durante o último de três dias de viagem por cinco estados para apoiar candidatos democratas nas eleições para governador.
Em paralelo, a Casa Branca divulgou uma mensagem na qual Obama destacou novamente seu compromisso com a retirada das tropas americanas do Iraque, enquanto as Forças de Segurança iraquianas assumem as tarefas do Exército dos EUA.
Nos últimos 18 meses, mais de 90 mil soldados americanos deixaram o país do Oriente Médio e, segundo Obama, sob um acordo com o governo iraquiano, "todas as tropas estarão fora do Iraque até o fim do ano que vem".
O presidente também disse que, uma vez concluída a Guerra do Iraque e que os soldados tenham voltado para casa, seu país tem a "obrigação moral" de velar pelo bem-estar dos veteranos de guerra que lutaram em território iraquiano.
Durante o ato em Ohio, Obama agradeceu o apoio dos eleitores que lhe deram a vitória em 2008 e atacou as políticas dos republicanos que, em sua opinião, "não funcionaram muito bem".
Nesse sentido, Obama criticou as políticas econômicas do então presidente George W. Bush e pediu aos eleitores locais que não votem nos republicanos: "quando há tempos difíceis, pode acontecer de nos cedermos facilmente ao cinismo e ao medo".
Atualmente, algumas pesquisas indicam que a popularidade de Obama continua em baixa, sobretudo por sua gestão no que diz respeito à recuperação econômica.