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Obama não espera muito de encontro com Netanyahu e Abbas

Líderes se reúnem na terça-feira, em Nova York; israelense já anunciou que defenderá assentamentos

Por Agência Estado
Atualização:

A Casa Branca disse que não tem "grandes expectativas" sobre a reunião que o presidente Barack Obama terá na terça-feira, 22, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino Mahmoud Abbas.

 

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Obama vai se reunir separadamente com cada líder e então manter conversações de três lados quando estiver em Nova York para reuniões durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Perguntado nesta segunda-feira, 21, sobre o que Obama espera das conversações, o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o governo quer continuar a fazer progressos na direção da retomada das conversações de paz entre as partes. Mas afirmou que "não temos grandes expectativas" para esta reunião.

 

Defesa

 

Netanyahu anunciou que defenderá a expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia no encontro de Nova York. A afirmação foi feita também nesta segunda pelo porta-voz do chefe do Executivo israelense, Nir Hefetz, à rádio do Exército israelense, à qual afirmou que "nunca se ouviu o primeiro-ministro dizer que congelará a construção de assentamentos, mas pelo contrário".

 

A reunião trilateral promovida pelo presidente Obama é vista em Israel - segundo a imprensa local - como um êxito de Netanyahu, que se negou a suspender a construção nas colônias no território ocupado, exigência dos EUA e condição fixada pelos palestinos para retomar o diálogo de paz.

 

"Há alguns políticos que consideram que parar a construção, ceder território nacional ou prejudicar os colonos em Judeia e Samaria é um ativo, algo que pode ajudar Israel", acrescentou Hefetz, ao se referir ao território ocupado da Cisjordânia. "O primeiro-ministro Netanyahu não pode se incluir entre essas pessoas", acrescentou.

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O porta-voz do primeiro-ministro israelense acrescentou que Netanyahu "vê os assentamentos como uma empresa sionista e os colonos (nesses territórios), como seus irmãos".

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