29 de dezembro de 2010 | 07h35
Afirmando que o Irã segue sendo a principal prioridade do governo israelense, o vice-primeiro-ministro, Moshe Yaalon, não mencionou possíveis ataques militares unilaterais por parte de Israel, afirmando esperar que as medidas lideradas pelos EUA contra o Irã tenham sucesso.
"Acredito que este esforço vai crescer, e vai incluir áreas além das sanções, para convencer o regime iraniano de que, efetivamente, ele tem de escolher entre continuar a buscar capacidades nucleares e sobreviver", disse Yaalon à Rádio Israel.
"Não sei se isso vai acontecer em 2011, ou em 2012, mas estamos falando sobre os próximos três anos."
Yaalon, um ex-chefe das Forças Armadas, disse que os planos de enriquecimento de urânio do Irã sofreram reveses. Alguns analistas viram sinais de sabotagem externa em incidentes como a invasão de computadores iranianos por um vírus.
"Essas dificuldades adiaram o cronograma, é claro. Deste modo, não podemos falar de um 'ponto sem volta'. O Irã não tem a capacidade de fazer uma bomba nuclear por si próprio", disse.
Yaalon já havia sido duro com o Irã anteriormente, afirmando que era preferível que Israel atacasse a República Islâmica em vez de permitir que o país consiga a bomba atômica. Acredita-se que Israel seja o único país do Oriente Médio a ter a bomba.
Outras autoridades, como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, têm mantido silêncio sobre a opção militar em relação ao Irã, que traria obstáculos táticos e diplomáticos ao país.
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