A proposta para que o Irã envie a maior parte de seu urânio enriquecido a outros países para afastar as suspeitas de que a República Islâmica planeja construir armas com seu combustível nuclear ainda está aberta, informou a ONU nesta quarta-feira, 20, apesar da rejeição iraniana.
"A proposta feita pela Agência Internacional de Energia Atômica em outubro de 2009, apoiada pela França, pela Rússia e pelos EUA, continua aberta", disse Gill Tudor, porta-voz do órgão regulador de energia atômica das Nações Unidas.
"A Agência continuará a trabalhar de boa fé como um intermediário imparcial. Nós esperamos que o acordo entre as partes seja atingido o mãos rápido possível para contribuir ao uma relação de confiança", disse a porta-voz.
No ano passado, a AIEA havia proposto que o Irã enviasse para o exterior parte de seu urânio enriquecido e recebesse de volta combustível seguro para alimentar seu reator de pesquisas em Teerã, mas a nação islâmica recusou a oferta.
Diante do prazo estipulado pelas potências mundiais, que previa o fim de 2009 como o limite para o Irã aceitar a proposta, o governo de Teerã irritou-se com as reclamações após a data e declarou que tem o direito de enriquecer quanto urânio quiser.