29 de janeiro de 2009 | 10h43
Altos oficiais do movimento islâmico Hamas indicaram disposição em negociar um acordo para uma trégua de longa duração com Israel com tanto que as fronteiras com a Faixa de Gaza sejam reabertas para o resto do mundo. "Queremos ser parte da comunidade internacional", afirmou Ghazi Hamad, um dos líder do Hamas residente em Rafah. "Acredito que o Hamas não tem interesse agora em aumentar a crise em Gaza ou em desafiar o mundo". A agência Associated Press entrevistou Hamad e dois outros líderes do Hamas no território palestino, que sugeriram que o grupo pode estar pronto para negociações mais sérias. Os militantes parecem estar sofrendo um racha interno no poder entre pragmáticos e linhas-duras. Na quarta-feira, o líder do Hamas, Khaled Mashaal, afirmou que o grupo rejeitaria a libertação do soldado israelense sequestrado Gilad Shalit mesmo se Israel abrisse as passagens fronteiriças de Gaza. Mashaal fez a declaração durante um discurso em Doha, retransmitido pela televisão Al Jazira, durante sua participação em uma conferência que foi chamada de "Gaza venceu". Além disso, o dirigente do Hamas destacou que "é preciso equiparar o assunto de Shalit com a libertação de nossos presos nas prisões do inimigo". Olmert assegurou, em reunião com o novo enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, que a reabertura das passagens fronteiriças com Gaza depende dos avanços para a libertação do soldado Shalit, sequestrado em junho de 2006 nas proximidades da Faixa por vários milicianos palestinos. (Matéria atualizada às 17h30)
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