Olmert busca acordo definitivo com palestinos em até um ano

Premiê israelense diz que quer resolver 'assuntos fundamentais' antes da nova eleição nos EUA, em 2008

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Por Efe
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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, busca um acordo definitivo com os palestinos no prazo de um ano, informa nesta sexta-feira, 2, o jornal Haaretz.   Segundo o periódico, que cita fontes diplomáticas ocidentais e funcionários de governo israelenses, Olmert se pôs o objetivo de resolver "todos os assuntos fundamentais" do conflito entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP).   Entre estes assuntos estão a fixação de fronteiras, o problema dos refugiados, a divisão de fontes de água e a questão de Jerusalém, que no passado bloquearam as negociações por que as partes não entraram em um acordo.   As fontes israelenses disseram ao jornal que o prazo fixado por Olmert vem da urgência que o conflito palestino-israelense tem para os Estados Unidos, onde o presidente George W. Bush concluirá seu mandato em janeiro de 2009.   As eleições americanas acontecerão em novembro de 2008, e o primeiro-ministro israelense quer chegar a um acordo com os palestinos para essa data.   Entre as razões, o Haaretz destaca as promessas que Bush fez a Israel no passado, entre elas, a que se levará em conta a realidade demográfica na hora de fixar fronteiras e a que os palestinos deverão desmantelar as organizações terroristas antes de declarar seu estado.   "Nunca teremos um governo (nos EUA) mais cômodo", diz uma das fontes israelenses citando Olmert.   A informação do diário contrasta com a postura de Israel nas negociações que celebra com a ANP para redigir uma declaração de princípios para a cúpula de Annapolis (EUA), prevista para final de novembro ou princípio de dezembro deste ano.   Israel se negou até agora a colocar no documento um compromisso e prazos para negociar sobre os assuntos que geram o conflito, e demanda um texto de conteúdo gera e sem prazos.   A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegará amanhã à região, em sua terceira visita em seis semanas, para mediar entre as partes.

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