Onda de atentados mata 95 e fere quase 600 em Bagdá

Série de seis ataques e morteiros atingiu a capital iraquiana em minutos; prédios do governo foram alvo

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    Explosões atingiram centro da capital iraquiana. Foto: APBAGDÁ - Pelo menos 95 pessoas morreram e 597 ficaram feridas nesta quarta-feira, 19, durante uma série de seis ataques com bombas e morteiros contra importantes alvos no centro de Bagdá. Esta foi a maior onda de atentados ocorridos em Bagdá desde que, em 30 de junho, o Exército iraquiano assumiu a segurança da cidade com a saída das tropas americanas dos centros urbanos.

 

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O ataque mais mortífero desta quarta-feira foi com um carro-bomba, perto do Ministério de Relações Exteriores, que matou pelo menos 48 pessoas e feriu mais de 250. Os funcionários envolvidos disseram que os números ainda podem subir, conforme equipes de resgate vasculham os escombros. A sede do ministério fica perto da fortificada Zona Verde. Dezenas de carros foram danificados. A explosão foi tão forte que causou estragos também em prédios vizinhos. Janelas foram quebradas no Parlamento, localizado no interior da Zona Verde.

 

O primeiro ataque ocorreu pouco depois das 10h (hora local), perto do Ministério das Finanças, no norte de Bagdá. Minutos depois ocorreu o no Ministério das Relações Exteriores. Além disso, morteiros foram lançados dentro da Zona Verde, segundo funcionários locais.

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Outro carro-bomba atingiu uma patrulha conjunta da polícia e do Exército iraquianos, nas proximidades do Ministério das Finanças, matando um soldado e dois civis, segundo um policial. Vinte e duas pessoas ficaram feridas, afirmou a fonte, que pediu anonimato.

 

Outra explosão no distrito de Bayaii, no oeste da capital, matou seis pessoas e feriu 21, apontou o mesmo policial. Três outras explosões ocorreram em outros pontos da capital, incluindo uma em uma área residencial do norte de Bagdá, que matou uma pessoa e feriu 18.

 

Devido à confusão causada pelo grande número de ataques, as fontes não conseguiram precisar o número de vítimas causadas por cada explosão. Além disso, indicaram que o número de vítimas pode aumentar, porque continuam os trabalhos de resgate. Guardas do complexo da ONU, na Zona Verde, também informaram disparos de morteiros. As colunas de fumaça eram visíveis em vários pontos da capital.

 

As explosões na capital iraquiana ocorrem em um mês de vários ataques, que mataram centenas e lançaram dúvidas sobre a capacidade das forças de segurança para controlar o país, conforme as tropas dos Estados Unidos se retiram. Além disso, coincide com a decisão do governo de retirar os muros de concreto construídos entre alguns bairros da capital e a reabertura de várias pontes, devido à redução dos ataques que tinha sido registrada nos últimos meses na capital.

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